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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Desenvolvedores apostam nos tablets

O número total de empresas usuárias deve duplicar no primeiro trimestre de 2011, formando um mercado atraente e ávido por aplicações inovadoras.

Digital Life: como eu havia dito no início do ano será impossível deter o avanço dos tablets, porque eles vieram primeiramente para suprir a necessidade de portar livros de uma maneira portátil, interativa, intuitiva e de acessar acervos via web, agora com o avanço destes sistemas, com capacidades de multiprocessamento, de multitarefas, praticidade, conexão, armazenamento e  por mais que alguns céticos discordem, para mim eles serão os matadores de netbooks...(Glaucio J Silveira)

Muitos fornecedores já iniciaram a corrida para habilitar plataformas para um novo cenário de mobilidade de alto desempenho inaugurada pelo iPad e criar soluções para a integração dos aparelhos às redes e aplicações corporativas.
Entre esses fornecedores, uma das pioneiras na adoção dos tablets é a integradora Everis Brasil. A subsidiária de consultoria espanhola inaugurou um laboratório para estudar formas de atender áreas de negócios com produtos e soluções, baseados nas tecnologias recentes e serviços de telecomunicações. A justificativa é que esse é um mercado que deve movimentar 133 bilhões de dólares anuais até 2014, segundo a empresa.
Apesar da iniciativa, o gerente responsável pelo laboratório da Everis, Ricardo Contrucci, afirma que a fase atual é de observação. As plataformas ainda estão se consolidando e algumas vão se destacar no caminho.
“Os iPads e Androids certamente serão atacados por nossa inovação, mas aguardamos a evolução de outras tecnologias e a adoção pelo mercado para focar em desenvolvimentos específicos. Não dará para descartar a Microsoft e seu anunciado, mas ainda não lançado, sistema para tablets, que deve utilizar as mesmas tecnologias de desenvolvimento já consagradas no Windows”, afirma.
Mesmo tendo apenas um produto concorrente, o HP Slate, que roda Windows 7, a Microsoft tratou de abrir fogo contra o iPad. Recentemente, o site ZDNet colocou as mãos em documentos que revelam forte campanha da gigante de Bill Gates contra a adoção de iPads nas empresas. O objetivo, segundo a divulgação, é reunir argumentações para as revendas corporativas pressionarem seus clientes a evitar o produto da Apple e buscar tablets com Windows.
E essa guerra parece estar apenas começando. Segundo pesquisa do instituto ChangeWave, realizada no final de 2010 nos Estados Unidos, 14% das 1641 corporações ouvidas pretendem adquirir tablets no início de 2011. E a maioria esmagadora (78%) quer iPad. O Playbook, da RIM aparece em segundo lugar na preferência dos futuros compradores, com 9%, empatado com o tablet da Dell, o Steak, seguidos de perto pelo Slate, da HP (8%) . O Galaxy Tab, da Samsung, tem apenas 6% da intenção de compra.
Outros 7% das 1,6 mil corporações pesquisadas já utilizam tablets e estão muito satisfeitas (62%) com o desempenho das máquinas. Entre esses usuários, o iPad é o equipamento mais popular (82%), seguido do HP Slate (11%) e do Dell Steak (7%).
Isso significa que o número total de empresas que fazem uso de tablets deverá duplicar no primeiro trimestre de 2011. A previsão é de crescimento explosivo da demanda daqui para frente. Na avaliação de Contrucci, da Everis, o segundo quesito a ser observado na escolha dos talbets é a arquitetura que as plataformas exigem. O que pode representar maior facilidade de portabilidade de aplicativos entre diferentes sistemas.
De acordo com Contrucci, a favor da Apple e dos aparelhos com Android está o pioneirismo na área de smartphones. Os aplicativos desenvolvidos para as telas menores são facilmente transportáveis para o tablet.

Eurofarma compra 600 iPads
Depois de estudar casos de empresas do segmento nos EUA, a farmacêutica Eurofarma optou pela compra de 600 iPads para ser utilizado por parte da equipe de propagandistas. O investimento totalizou 1,5 milhão de reais. Segundo a diretora comercial da empresa, Roberta Junqueira, os profissionais, responsáveis por demonstrar medicamentos e promover os produtos junto à classe médica, já trabalham com smartphones, que abrigam cadastro e informações de todos os médicos, além de um roteiro de visitação. “A Anvisa é um órgão exigente e precisamos manter todo o registro de distribuição de produtos, razão que levou a adoção de tecnologias móveis inicialmente”.
Com os tablets, a empresa quer realizar demonstrações com uma tela maior, dispensando o uso do papel. “É uma revolução no universo da propaganda médica. A ideia é sair na frente para ter diferencial competitivo”, destaca Roberta. Roberta estima que, em princípio, a empresa deixará de imprimir 55 toneladas de papel por ano. No roadmap da companhia, está a entrega de iPads para todos os 1500 propagandistas e o aproveitamento do aparelho para integrar sistemas da empresa, além da criação de novas aplicações que aproveitem melhor a interatividade que o equipamento proporciona.
Rodrigo Afonso, Computerworld, 
Publicada em 28 de março de 2011 às 20h28
 

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